18.11.11


A minha casa tem andado vazia, assim como o meu coração, e o nosso baloiço solta um ruído estranho e velho quando baloiça com a força do vento a bater suavemente nas suas costas. Oh mas eu fico feliz por ele ainda permanecer inteiro e aguentar a força da chuva e das pancadas que lhe eram dadas quando éramos pequenas. Bem pequeninas, e a última recordação que tenho nossa é tão vaga que somente lembro as nossas silhuetas representadas no chão. Oh, e tu prometes-te vir-me buscar um dia ao meu jardim, e na verdade eu olho e ele permanece sem energia. E o vento passa e nem um suspiro sinto teu. O teu coração já não bate por estes lados, e eu sinto que andas perdida, e não imaginas o medo que eu tenho de cair. Eu tenho medo de cair, oh, e não é só por ter vertigens, é por ter medo que te afogues na solidão e desapareças. Por vezes apetece-me engolir-te de uma só vez para ter mesmo a certeza que ficas comigo sabes? Ficavas guardada no meu coração, e não podias sair do meu mundo, oh e eu gostava tanto. Esta noite vai ser uma noite de excessos com o nosso baloiço e oh, o meu tabaco não podia falhar. Dorme bem, e eu continuo a gostar de ti pequena.