Pés descalços sobre a mesa preta daquela nossa sala. Eu de soutien e tu de boxers, ombro com ombro, mão com mão. Era assim que estávamos, eu e tu da última vez que te toquei. Duas almas despidas mergulhadas numa dor diferente. Ora falávamos pelos cotovelos, ora encerrávamos uma história ainda por contar. Lembro-me de ver os teus olhos vermelhos a derramarem água, como quem chora um oceano. E eu apoiada sobre o teu corpo, sempre com o coração nas mãos por ti. Eu já não chorava. Numa altura em que a minha alma não sofria exteriormente mas sempre para dentro, sozinha e a um ritmo estranho e inconstante. E agora sinto-me tão incompleta e fria, sem o teu corpo quente e tremido. Oh naike anda, vem numa noite de lua cheia encher-me o coração e fumamos juntos, não para nos matar, mas para nos tornar mais fortes.
9 comentários:
é pena os nossos pensamentos serem verdadeiras antíteses ás vezes
que lindo!
derreto-me com isto!
está tão bonito e tão triste princesinha. o coração dá-nos cada oceano de emoções, não é? às vezes não o aguentamos e desabamos nas nossas próprias ilusões...
olha, gostei muito, e um grande beijinho
Deixo-me cair em cada palavra tua. Escreves duma forma tão preciosa! Adoro. Estou a seguir.
adoro ! está lindo!
Está muito bonito!
vou seguir :)
e, no que depender de mim, eterno, minha querida.
que lindo (: vou seguir *
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